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Arth Silva

Em mil novecentos e oitentaepoucos nasceu Arth Silva. No início, o médico achando que ele seria um NADA, lascou-lhe um violento tapa na bunda. Como retribuição do destino, o carro do médico bateu alguns dias depois.
A partir dali, Arth dedicou sua vida pra provar que apesar da notoriedade e do diploma de medicina, o Doutor estava errado.

Começou a estudar em uma creche onde, na festa a fantasia do Dia da Independência, se vestiu de presidente Fernando Collor. Mas na hora de desfilar, emburrou e por vergonha se recusou a subir no trio elétrico; Naquele instante, com seu choro, assustou os coleguinhas e ensinou as crianças o que é ser um idiota na festa. Dias depois um impeachment presidencial mostrou que Arth Silva na verdade havia se vestido de bandido, por isso todos ficaram com medo, inclusive ele mesmo.

Em seguida foi para uma escola infantil católica onde o Pai Nosso e o resto das orações eram pontos importantes em provas bimestrais. Lá ficou até a 4ª série, época que enviava cartas de amor sem remetente para as garotas lindas do colégio,  que nunca saberão quem enviou tais textos.

Dali foi para a escola pública onde viu que tinha o poder de invisibilidade com as garotas e de inimizade com os garotos. No 1º dia de aula um valentão até o intimou para uma briga que até hoje marca a mente perturbada do autor.

O ensino médio foi o auge da sua adolescência, época que aprendeu com fluencia os 3 idiomas excencias da vida: o cinismo, a putaria e o palavrão.

Ao contrario dos filmes da TV, sua despedida da escola não teve baile nem beca. 

A partir dali viu que as coisas mais importantes não se aprendem na escola e que as parcelas de pagamento de um produto duram mais que o próprio produto.

Desenhar, escrever e ler lhe sempre lhe deram mais prazer do que ir a festinhas juvenis. Por isso resolveu fazer faculdade de Comunicação pra trabalhar com criação e morrer de fome com criatividade. 

Assim rabiscou desenhos pra vários clientes e participou de várias antologias literárias. Em 2010 a editora Carioca Multifoco o fez assinar um contrato pelo selo 3x4  que deu origem ao seu primeiro livro: “Contos à queima roupa”, que possui um projeto gráfico ousado, pois há um furo literal perpassando-o por inteiro, como se tivesse sido baleado de verdade. 

De 2013 a 2014 Arth realizou um projeto em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social da cidade de Ituiutaba, para resgatar a memória dos idosos ministrando oficinas diária nos CRAS e nos asilos do município. Nesse projeto Arth sentou-se ao lado de cada um dos idosos e, mesmo diante da deficiência visual ou analfabetismo de alguns, esculpiu no papel todas as emocionantes aventuras que narravam: relembrando romances, segredos, alegrias... unindo pontas da infância à velhice e transformando os velhinhos em verdadeiros escritores. Com isso, pôde enxergar seu amor pelas palavras acompanhado do carinho de ganhar novos avôs e avós. Ali nasceram os livros "Gavetas da memória" (2013) e “O tempo e a vida – Nós no meio” (2014), trabalhos que Arth transcreveu, compilou, editou, ilustrou e foi co-autor das capas.

Atualmente Arth é um redator, ilustrador e publicitário que insiste em contrariar o destino e ganhar a vida da forma mais difícil.

Arth Silva é um cara que dorme pouco e sonha somente acordado.
Talvez agora você já saiba mais dele do que ele mesmo.



Este é um blog de sonhos cotidianos.
Toda e qualquer semelhança com fatos reais é mero plágio da vida.