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Das antigas...


Menina dos olhos incompreendidos
(Arth Silva)

Olhos como o céu
Olhos como os seus
Em que paro e reparo
Olho o óleo dos seus olhos
Algo tão doce como algodão doce
Comum como um homem só
Um homem só
Não dois.

Em palavras mal ditas
E letras malditas
Não sei se te amo
Ou se temo
Mas preste atenção.
Pois muita gente não presta
Enquanto alguns pedem paz
Outros perdem a paciência

Agora falo claro de seus olhos claros
Olhos únicos como unicórnio ou beija flor
Que o fardo de não falar fique para os mortos
Pois cito seu nome, só pra falar de amor

Em apelos pelos versos
Sejam de lado ou de frente
Dizendo verdades ou heresias
Há quem ainda tente...
Decifrar a parte fácil da poesia

Mas novamente preste atenção
Pois muita gente não presta:
Não dê comida aos macacos;
Pise na grana;
Só palavras não curam;
Me ame se quiser;
Sobreviva se puder;
Morrer é fácil;
Viver é difícil;
Amor não é opção;
Muita gente não presta;
Será que alguém presta atenção?

Escrevo pra passar o tempo
Escrevo só por escrever
Escrevo sem saber
Escrevo...
Palavras que só eu sei ler.

4 comentários oníricos::

Isadora Santana disse...

Nossa,que lindo,perfeito!
demais!!!!!!!!!!

Thiago Bertoni disse...

Cara,você tá escrevendo muito bem...curti demais os jogos de palavras desse poema.

Arth Silva disse...

Fico muito grato de duas pessoas das quais eu admiro tanto tenham gostado desse texto que sempre fiquei inseguro de postar... talvez por ser tao antigo, de uma tempo em que o meus estilo ainda em estava formação.... (se bem que ele está sempre nesse processo de busca...)

Selene * disse...

Muito lindo mesmo.



Este é um blog de sonhos cotidianos.
Toda e qualquer semelhança com fatos reais é mero plágio da vida.